
Ex-presidente deu a entender que imaturidade do ídolo causou problemas no relacionamento entre os dois
Depois das fortes declarações de Renato Portaluppi, que disse não ter comparecido à inauguração da Arena por seu desentendimento com Paulo Odone, o ex-presidente gremista falou sobre sua relação com o ídolo e afirmou ter dado todas as condições para o herói do título mundial trabalhar, na época em que atuou como técnico no início de 2011.
— Eu lamento muito, mas a gente tem que fazer o que o Grêmio precisa. A gente deu todas as condições para o Renato trabalhar, mas de repente era surpreendido por alguma declaração dele em uma entrevista — disse ao jornalista Luís Henrique Benfica, no programa Domingo Esporte Show, da Rádio Gaúcha.
— É a juventude do Renato. Parece a mesma pessoa que era meu jogador e foi expulso em um Gre-Nal com cinco minutos. Na nossa cabeça, está o Renato craque. Eu aceitei a demissão dele e sou surpreendido no dia seguinte com uma declaração que foi por minha causa que ele não continuou — completou, lembrando a saída de Renato do comando técnico do Grêmio, no ano passado.
Odone ainda lembrou a mágoa que outro ídolo do Grêmio, Hugo De León, nutre por ele. O dirigente demitiu o capitão do título mundial em 2005, quando o uruguaio era técnico da equipe que se preparava para disputar a Série B. Para o ex-presidente gremista, o episódio prova a dificuldade de demitir um ídolo.
— É a mesma coisa o ressentimento do De León. Se nós tivéssemos continuado com o De León, nós não íamos sair da segunda divisão. O Mário (Sérgio, diretor executivo na época) chegou a essa conclusão. Ele não vai me perdoar nunca. Você não pode nunca contratar quem você não pode demitir. Um ídolo fica na imagem do clube e do torcedor o resto da vida. Demitir é duro, ele não vai nunca me perdoar — concluiu.
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