quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Selaimen explica pedido de demissão do Grêmio: "Não tive problemas com Vanderlei Luxemburgo"

Selaimen explica pedido de demissão do Grêmio: "Não tive problemas com Vanderlei Luxemburgo" Arquivo pessoal/Arquivo pessoal

Seis dias antes do primeiro jogo da Libertadores, talvez o mais decisivo da temporada, um dos homens de confiança de Fábio Koff, o assessor de futebol Omar Selaimen, deixa o Grêmio. A decisão mexeu com o Olímpico inteiro. Criou uma das primeiras crises políticas na nova administração. Koff ainda não anunciou o nome do substituto.

Perto das 11h, na minha mesa, desde a redação de Zero Hora, conversei com Selaimen. Ele parecia tranquilo. Negava qualquer problema mais sério.

– Falei com o presidente Fábio Koff. Estou fora, não piso mais no Olímpico como dirigente. Sou apenas um torcedor.

Questionei os motivos da saída, definida quarta-feira, numa séria conversa com o presidente.

– Não tive problemas com Vanderlei Luxemburgo, nem contra ninguém no Grêmio. Minha relação com o Luxemburgo sempre foi tranquila. Nunca discuti com Rui Costa. O Rui é o executivo remunerado. Eu sou o político. São dois trabalhos diferentes. Já sabia do processo antes mesmo de assumir.

Ele vai adiante.

– Senti que não poderia mais conciliar a minha vida profissional com a do clube. Administro os negócios da minha família e não estava conseguindo atuar dos dois lados. Não adianta inventar outros motivos, brigas, discussões. Não aconteceu nada. Falei com o doutor Fábio e sai.

Selaimen, 45 anos, advogado e administrador, era a fonte de Koff quando o assunto envolvia o mercado de jogadores de futebol no Brasil e no Exterior. Ele é um especialista. Mas, no dia a dia, ele não teve no clube o espaço que imaginava. Como assessor político, por exemplo, não viajou com a delegação gremista ao Equador, mesmo com Rui Costa tratando de negócios na Itália.

Selaimen, que assumiu um cargo político, não teve o jogo de cintura necessário para afinar seu relacionamento com gente importante do futebol, como Luxemburgo.

– O assessor político num clube de futebol precisa ser especialista na arte de engolir sapos – me disse um ex-digente gremista, muito experiente no assunto.

(via:ZeroHora)


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