Ministério Público cobra funcionamento das 90 câmeras da Arena
Órgão visa impedir novos tumultos nos próximos jogos no estádio do Grêmio

Por determinação do Ministério Público, todo o sistema de câmeras da Arena, composto por 90 aparelhos, deverá funcionar dia 24, na partida entre Grêmio e Canoas, pelo Gauchão.
O promotor Rossano Biazus, da Promotoria de Defesa do Consumidor, notificou a direção da Arena Porto-Alegrense, gestora do estádio, para que relate dia 16 quais as normas de segurança serão postas em prática para evitar tumultos como o ocorrido no jogo de inauguração, dia 8.
_ Apesar de todo o controle que é feito pela Brigada Militar, precisamos trabalhar para que a violência não evolua para níveis ainda maiores. Por isso, todas as câmeras deverão funcionar _ afirma o promotor.
Conforme o artigo 18 do Estatuto de Defesa do Torcedor, estádios com capacidade superior a 20 mil pessoas deverão manter central técnica de informações, com infraestrutura suficiente para viabilizar o monitoramento por imagem do público presente.
Pelo artigo 19, "as entidades responsáveis pela organização da competição, bem como seus dirigentes, respondem solidariamente, independentemente da existência de culpa, pelos prejuízos causados a torcedor que decorram de falhas de segurança nos estádios ou da inobservância do disposto neste capítulo".
Nesta quarta, durante encontro na promotoria, representantes do Grêmio reiteraram que o clube irá cortar os subsídios para as torcidas organizadas. As medidas mais fortes são a suspensão da distribuição de ingressos e o corte do subsídio para as viagens. Designado pelo presidente Fábio Koff para o relacionamento com as organizadas, o vice-presidente Nestor Hein não descarta que haja protestos na parte de fora da Arena.
_ A distribuição de ingressos representa custo para o Grêmio, que precisará ressarcir a OAS _ observa o assessor presidencial Elvio José Pires, um dos participantes da reunião no MP. Também representaram o Grêmio os advogados Celso Rodriguez, Tiago Brunetto e Jorge Petersen e o assessor Paulo Luz.
Como dispõem do privilégio de levar para o interior do estádio objetos que não são permitidos aos demais, os integrantes de organizadas precisam ser cadastrados, entende o promotor Rossano Biazus.
(ZeroHora)
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